No primeiro trimestre de 2020, quando Macau foi inicialmente atingido pela pandemia e obrigou as autoridades a encerrarem os casinos durante 15 dias, o prejuízo contabilizado pela empresa fundada pelo magnata do jogo Stanley Ho tinha sido de 409 milhões de dólares de Hong Kong (43,9 milhões de euros).

Ainda assim, o vice-presidente e diretor executivo da SJM defendeu que estes resultados traduzem já um maior fluxo turístico a Macau. "Esperamos uma melhoria gradual das condições de mercado para o resto de 2021", salientou Ambrose So, citado num comunicado da empresa.

A operadora de jogo teve um prejuízo total de três mil milhões de dólares de Hong Kong (322 milhões de euros) em 2020.

Os prejuízos resultaram do impacto da pandemia de covid-19 na capital mundial do jogo, em contraste com 2019, quando a empresa registou lucros de 3.207 mil milhões de dólares de Hong Kong (344 milhões de euros), mais 12,5% do que em 2018.

A indústria do jogo em Macau voltou a crescer em abril, registando o melhor resultado desde o início da pandemia, com 8.401 milhões de patacas (90,2 milhões de euros) em receitas, ainda assim muito longe dos 23,58 mil milhões de patacas (2,53 mil milhões de euros) arrecadados em abril de 2019, antes de se sentir o impacto da pandemia de covid-19.

Macau identificou apenas 49 infetados com o novo coronavírus desde o início da pandemia, mas as restrições fronteiriças e a ausência de visitantes praticamente paralisaram a economia, quase exclusivamente dependente da indústria dos casinos e do turismo chinês.

Após o reinício, no final de setembro, da emissão dos vistos individuais e de grupo da China continental para o território, suspensos desde o início da pandemia, o número de turistas tem subido gradualmente, ainda que abaixo da média de cerca de três milhões de visitantes registada por mês em 2019.

Macau, capital mundial do jogo, é o único local em toda a China onde o jogo em casino é legal.

Três concessionárias, Sociedade de Jogos de Macau, Galaxy e Wynn, e três subconcessionárias, Venetian (Sands China), MGM e Melco, exploram casinos naquela que é apelidada de Las Vegas da Ásia, mas que há muito ultrapassou as receitas dos casinos registadas naquela cidade norte-americana.

JMC (PTA/MIM) // PJA

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