"O CDD aconselha o Presidente [Filipe Nyusi] a ir buscar o dinheiro das dívidas ocultas para financiar as ações necessárias para a proteção social das empresas e das famílias moçambicanas durante este período de grandes dificuldades económicas", lê-se numa nota do CDD enviado hoje à imprensa.

Em causa estão as dívidas ocultas do Estado moçambicano de mais de 2,2 mil milhões de dólares (2 mil milhões de euros), contraídas à margem da lei, entre 2013 a 2014, em forma de crédito junto das filiais britânicas dos bancos de investimentos Credit Suisse e VTB pelas empresas estatais moçambicanas Proindicus, Ematum e MAM, acentuando uma crise financeira que levou Moçambique a entrar em incumprimento no pagamento aos credores internacionais ('default') e consequente afastamento dos mercados financeiros internacionais.