"Não estou tão pessimista relativamenre à evolução das taxas de juro. Acho que hoje já começa a haver um conjunto de académicos e de pessoas altamente qualificadas que começa a questionar também o impacto das taxas de juro negativas a estes níveis", disse Miguel Maya aos jornalistas, durante a conferência de imprensa de apresentação de resultados do BCP (lucros de 270,3 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano).

Miguel Maya disse que não tendo "capacidade de interferência na política monetária do BCE", o necessário é "ter um banco que seja eficiente, e que seja capaz de gerar rendibilidade num contexto mais prolongado de taxas de juro negativas".

"Temos é de saber viver com elas, e o BCP sabe viver com elas", assegurou o líder do BCP, defendendo também que "o crescimento de negócio com clientes tem de conseguir compensar essa adversidade".

Em 12 de setembro, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa dos depósitos bancários para -0,50%, menos uma décima que a anterior, afirmou um porta-voz da instituição.

Já em 24 de outubro, o BCE reiterou que o seu programa de compra de dívida vai ser relançado em novembro, por um período indeterminado, a um ritmo de 20 mil milhões de euros por mês.

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