
"O que é um erro é os Governos e instituições europeias usarem estes dados e continuarem a não olhar para os problemas que continuam a existir na zona euro. Quem olhar para as previsões da CE, o que vê é deflação, um desemprego que continua a ser enorme e incomportável para as economias e um investimento líquido negativo que não permite a retoma de facto da economia europeia", afirmou, no parlamento.
A CE prevê que o défice orçamental de Portugal seja de 3,2% em 2015, uma ligeira melhoria face às últimas previsões, mas continua a estar mais pessimista do que o Governo, que antecipa um défice de 2,7%.
Por outro lado, a Comissão reviu em alta as perspetivas de crescimento económico em Portugal este ano, estimando agora que o PIB cresça 1,6%, ligeiramente acima do que previu em dezembro e das previsões do Governo para 2015.
"Há mais uma revisão. Difere umas décimas relativamente ao PIB, mas está em linha com todas as previsões que foram feitas, refletindo sobretudo dois fatores: a descida do preço do petróleo e a desvalorização do euro por causa da política monetária do Banco Central Europeu - faz com que a Europa consiga exportar mais e ter alguma recuperação económica", disse a parlamentar bloquista.
HPG (ND/SP) // SMA
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