Quando questionado sobre o tipo de alerta que os Estados Unidos tinham recebido antes da ofensiva, Trump respondeu: "Aviso? Não foi um aviso. Sabíamos o que estava a acontecer".

O Presidente afirmou ter conversado com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na quinta-feira e anunciou que planeava voltar a falar com ele hoje.

O líder republicano classificou a operação israelita como "um ataque muito bem-sucedido" e sugeriu que a ação estava relacionada com o fim do prazo de 60 dias que o Governo norte-americano tinha dado ao Irão para chegar a um acordo nuclear.

"Eu disse ao outro lado [Irão]: 'Vocês têm 60 dias para fechar um acordo'. Ao 61.º dia, eles [Israel] atacaram. Hoje é, de facto, o 61.º dia, e foi um ataque muito bem-sucedido", declarou Trump.

"Deviam ter feito um acordo, e ainda podem fazê-lo enquanto ainda têm alguma coisa; ainda podem", acrescentou.

Antes, Trump tinha voltado a instar Teerão a chegar a um acordo nuclear com os Estados Unidos, advertindo que Israel planeia ataques "ainda mais brutais", mas que é possível travar "este massacre".

"Dei ao Irão várias oportunidades para chegar a um acordo. Disse-lhes, com toda a firmeza, para 'simplesmente o fazerem', mas por mais que tentassem, por mais perto que chegassem, simplesmente não conseguiam concretizar", escreveu Donald Trump na rede social Truth Social.

Na mesma publicação, o líder norte-americano disse que avisou Teerão de que "seria muito pior do que qualquer coisa que eles conhecessem, antecipassem ou tivessem ouvido falar, que os Estados Unidos fabricam o melhor e mais letal equipamento militar do mundo, de longe, e que Israel tem muito desse equipamento, com muito mais por vir --- e eles sabem como usá-lo".

"Já houve muita morte e destruição, mas ainda há tempo para pôr fim a este massacre, com os próximos ataques já planeados a serem ainda mais brutais", defendeu.

O Irão, acrescentou, "deve fazer um acordo, antes que não reste nada, e salvar o que outrora foi conhecido como o Império Iraniano".

"Chega de morte, chega de destruição, façam isso, antes que seja tarde demais", defendeu ainda Donald Trump.

O exército israelita lançou ataques, desde a madrugada de hoje, contra uma centena de alvos no Irão, entre eles altos comandantes militares e cientistas nucleares, mas também instalações sensíveis, como a principal central de enriquecimento de urânio, em Natanz.

O líder supremo iraniano, o 'ayatollah' Ali Khamenei, confirmou a morte de um número indeterminado de altos funcionários militares e civis e prometeu um destino "amargo e doloroso" para Israel.

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