Em declarações aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que "Portugal é muito claro quanto a isso", referindo que o primeiro-ministro, António Costa, assinou com outros governantes europeus um documento a pedir para a União Europeia "decidir rapidamente" e "ser ambiciosa na decisão".

"Ser ambiciosa nos empréstimos, ser ambiciosa na possibilidade de cada Estado não estar travado por regras respeitantes a défice. Mas também ser ambiciosa, na medida do possível, em termos da emissão de dívida conjunta europeia", completou.

Sobre a emissão de dívida conjunta europeia, o chefe de Estado assinalou que "isso exige o acordo de todos os Estados europeus" e que "há quem tenha dúvidas na Europa", concluindo: "Portanto, é uma luta que é preciso continuar a fazer de modo sistemático".

Marcelo Rebelo de Sousa realçou as consequências da pandemia da covid-19 nos salários, no emprego e nas empresas e considerou essencial "que o dinheiro europeu chegue à vida das famílias e das empresas".

"A posição portuguesa é muito clara. Nós não percebemos a hesitação, há países que têm uma visão muito rígida sobre esta matéria. São poucos, mas existem. E como é preciso unanimidade, esse é o problema que tem sido enfrentado neste momento", acrescentou.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 20 mil morreram.

Portugal regista 60 mortes associadas à covid-19 e 3.544 casos de infeção confirmados, segundo o boletim hoje divulgado pela Direção-Geral da Saúde.

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