A tendência foi registada em fevereiro apesar de os indicadores de perspetiva de emprego e de procura perspetivarem "uma trajetória ascendente para os meses seguintes", acrescenta.

No saldo mensal, o ICE desceu de um valor de 89,45 pontos em janeiro para 89,14 em fevereiro, abaixo de 98,6, saldo médio do indicador registado mensalmente desde 2004.

"Setorialmente, este momento desfavorável da conjuntura económica Moçambicana" deveu-se à situação negativa "dos setores de alojamento, restauração e similares, bem como o setor de construção, suplantando assim as avaliações abonatórias dos setores de comércio, de produção industrial e de outros serviços não financeiros", acrescenta o INE.

Um cenário associado às medidas de prevenção da pandemia de covid-19.

Desagregando o ICE pelos seus componentes, a perspetiva de procura "registou uma subida ténue" com a melhoria de previsões "em todos os setores, com exceção dos ramos económicos da construção e dos transportes".

A perspetiva de emprego "foi ligeiramente favorável se comparada com o mês anterior, mostrando assim sinais de recuperação para os próximos meses", exceto "nos setores de alojamento, restauração e similares, bem como de transportes, que viram as suas perspetivas de emprego diminuírem".

O ICE faz parte do boletim de indicadores de Confiança e de Clima Económico uma publicação mensal sobre a conjuntura de Moçambique, compilada com base num inquérito realizado também todos os meses pelo INE às empresas do setor não financeiro.

"O estudo expressa a opinião de agentes económicos acerca da evolução e perspetiva da sua atividade, particularmente sobre emprego, procura, encomendas, preços, produção, vendas e limitações de atividade", explica a autoridade estatística moçambicana.

Moçambique soma um total de 68.871 casos de covid-19, com 794 óbitos e 87% de recuperados.

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