De acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado pelo regulador da banca, um dos principais riscos para a estabilidade financeira prende-se com o "aumento da probabilidade de incumprimento das empresas, refletindo o efeito conjunto da vulnerabilidade financeira de algumas empresas, da recuperação incompleta da atividade e da rendibilidade de alguns setores no pós-pandemia, bem como o enquadramento macroeconómico e financeiro atual".

A instituição liderada por Mário Centeno apontou ainda "uma redução dos preços no mercado imobiliário residencial, decorrente de alterações nas condições de financiamento", bem como o risco de o "rácio de dívida das administrações públicas em percentagem do PIB [Produto Interno Bruto] não prosseguir a trajetória de redução prevista, derivado da incerteza sobre a atividade económica e do aumento dos custos de financiamento".

Relativamente ao aumento das taxas de juro, nos próximos anos, tal deverá traduzir-se numa "melhoria da margem financeira dos bancos e num aumento do reconhecimento de imparidades e de perdas potenciais decorrentes da desvalorização dos títulos de dívida a justo valor".

MPE // MSF

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