
De acordo com a informação enviada hoje pelo grupo, que inclui a Iberia, British Airways, Vueling, Aer Lingus e Level, à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários espanhola (CNMV), as receitas dos três meses totalizaram 7.044 milhões de euros, mais 9,6% do que um ano antes, refletindo a força da procura em toda a rede e em todas as marcas.
O grupo também informou hoje que encomendou 53 aviões Airbus e Boeing, a serem entregues entre 2028 e 2033, para expandir e substituir as suas frotas de longo curso por aviões mais modernos e eficientes em termos de combustível.
Além destas encomendas, foram assinadas 18 opções durante o trimestre (12 Airbus para a Iberia e a British e seis Boeing para esta última). O grupo também recebeu cinco novos aviões durante o primeiro trimestre.
Entre janeiro e março, o grupo movimentou 26,18 milhões de passageiros, menos 0,7% do que no ano anterior, e a sua taxa de ocupação baixou 0,4 pontos percentuais para 82,7%, embora os lugares por quilómetro transportado (AKO na terminologia do setor, que mede de forma mais homogénea) tenham aumentado 3,2%.
As receitas de passageiros ascenderam a 6.000 milhões de euros.
O resultado operacional antes das rubricas excecionais aumentou 130 milhões de euros, para 198 milhões de euros, uma vez que o crescimento das receitas e a descida do preço do combustível compensaram outros aumentos dos custos.
As receitas de passageiros atingiram os 6.000 milhões, com um aumento de 6,5%, embora o efeito da Páscoa (que no ano passado foi em março e este ano em abril) tenha pesado, e as da atividade de carga aumentaram 12,4% para 318 milhões de euros.
Os gastos operacionais subiram 7,6% para 6.846 milhões de euros, com os custos de pessoal a aumentarem 12% e os custos de combustível e taxas de emissão a diminuírem 4,1%.
O presidente executivo (CEO) do Grupo, Luis Gallego, explicou na apresentação ao supervisor espanhol que a procura de viagens continua elevada em todos os mercados, especialmente no segmento 'premium', apesar das incertezas macroeconómicas.
A 'holding' continua a concentrar-se no reforço da sua vasta carteira de marcas nos principais mercados do Atlântico Norte, América Latina e Europa, acrescentou.
No final do trimestre, o grupo IAG tinha uma dívida financeira de 15.486 milhões de euros, menos 1.859 milhões do que no final de 2024.
A Iberia registou um lucro operacional de 137 milhões de euros.
Entre as companhias aéreas com sede em Espanha, a Iberia teve receitas de 1.829 milhões, mais 15,3% do que no ano anterior, com 1.294 milhões de vendas de passageiros (mais 7,7%) e um resultado operacional antes de itens excecionais de 137 milhões de euros, mais 67 milhões do que em janeiro-março de 2024.
A Vueling, com sede em Barcelona, registou um prejuízo operacional de 55 milhões de euros, contra 85 milhões de euros no ano anterior, embora as receitas tenham crescido 4,1% para 567 milhões de euros.
A British Airways registou um lucro operacional de 96 milhões de euros, contra 10 milhões de euros no ano anterior, e a Aer Lingus perdeu 55 milhões de euros.
Para este ano, apesar das incertezas geopolíticas e macroeconómicas, as perspetivas do grupo mantêm-se, prevendo-se um aumento de 3% da capacidade.
A atividade na América Latina e na Europa mantém-se forte e a procura no Atlântico Norte é robusta, com um melhor desempenho no segmento 'premium' a compensar "alguma fraqueza recente" nas vendas de lazer dos EUA em classe económica.
Em 06 de maio, o grupo tinha cerca de 80% das reservas para o segundo trimestre, com receitas superiores às do ano passado, e 29% das reservas para o segundo semestre do ano, em linha com o ano passado.
Para este ano, a IAG prevê que os investimentos em ativos fixos totalizem cerca de 3.700 milhões de euros.
MC // CSJ
Lusa/Fim