O Presidente de Moçambique anunciou que o país passa a usar a partir desta Quarta-feira, 30, um sistema tecnológico de rastreamento de medicamentos e produtos de saúde, cujo objectivo é travar o furto de fármacos.

“Moçambique dá início à implementação oficial do sistema nacional de rastreabilidade de medicamentos e produtos de saúde. A partir de hoje os medicamentos estão com um selo de rastreio desde o fabrico até ao paciente”, informou o Presidente moçambicano, Daniel Chapo.

Na abertura da conferência internacional sobre produção local de medicamentos e produtos de saúde, que termina esta Quinta-feira, 31, no âmbito da Expo Internacional de Saúde de Moçambique (MIH Expo-24), organizada pela Autoridade Nacional Reguladora de Medicamentos (Anarme) o Chefe do Estado moçambicano disse que a iniciativa de avançar com um sistema tecnológico de rastreamento de medicamentos desde a fábrica até à cadeia de distribuição, com recurso a selo, faz parte de uma estratégia do Governo para o que chamou de “soberania sanitária”, que visa tirar o país da dependência no acesso aos produtos fármacos, sobretudo em tempos de crise onde há escassez.

“Mesmo o medicamento que for aberto fora do país, contrabandeado, o sistema vai acusar em Moçambique e vai indicar onde é que se encontra o medicamento. Estamos assim a dar um passo histórico para garantir que cada medicamento que seja do cidadão moçambicano seja seguro, rastreável e autêntico em termos de qualidade”, disse.

Segundo a Lusa, Daniel Chapo explicou que o sistema tem por objectivo reforçar o combate ao contrabando, ao furto e desvio de medicamentos, assim como a sua contrafação.

“É um sistema que permitirá fazer poupanças não só para o Estado moçambicano, mas também para todas as indústrias locais importadoras, farmácias e outros intervenientes no processo de legítimos medicamentos, uma vez que todos passarão a ter visibilidade dos seus ‘stocks’ ao longo da cadeia, desde a fábrica até ao paciente”, acrescentou.