Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa indicou que "na sequência da liberalização do mercado de gás natural no Brasil, a Galp, através das suas subsidiárias Petrogal Brasil e Galp Energia Brasil, estabeleceu uma série de contratos com início comercial previsto em 01 de janeiro de 2022".

Assim, o grupo "celebrou um acordo com a Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás) para vender à distribuidora de gás natural do nordeste brasileiro uma parte da produção de gás natural do seu portefólio", sendo que "a Bahiagás se comprometeu a adquirir pelo menos 330 milhões de metros cúbicos por ano de gás natural da Galp durante três anos", acrescentou, na mesma nota.

Além disso, a Galp assegurou "a aquisição à Repsol Sinopec da produção de gás natural do campo de Sapinhoá Norte, alargando as suas alternativas de aprovisionamento no país", de acordo com o comunicado.

De acordo com a empresa, "de forma a assegurar o acesso às infraestruturas de processamento e transporte, a Galp assinou acordos com a Petrobras e a Transportadora Associada de Gás, respetivamente".

"Estes acordos", prosseguiu o grupo, "representam um marco na estratégia da Galp com o objetivo de desenvolver um portefólio integrado de gás no Brasil, diversificando as opções de comercialização da sua produção própria e aumentando as suas alternativas de aprovisionamento, de forma a maximizar a criação de valor nas suas operações de Upstream e atividades de Energy Management, nesta região central" para a empresa.

Em outubro, a Galp anunciou que ia entrar no mercado das energias renováveis no Brasil, com dois projetos solares que a empresa considera permitirem dar um "salto importante" na transformação do seu perfil de negócio e na redução da sua pegada carbónica.

Num comunicado enviado à CMVM nessa altura, a empresa explicou que a operação envolve a aquisição de dois projetos solares com capacidade total de 594 MWp, em desenvolvimento nos estados da Bahia (282 MWp) e do Rio Grande do Norte (312 MWp).

Com estas transações, "a Galp ganha acesso a ativos de elevada qualidade num país onde a empresa está presente há mais de 20 anos e que se encontra entre os 10 principais países no mundo com maior procura de energia e com a ambição de duplicar a sua capacidade instalada atual de geração de energia solar e eólica para 40 GW em 2030", acrescenta.

Os projetos devem iniciar a operação comercial antes de 2025.

 

ALYN (SO) // MSF

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