O gigante da eletricidade, o maior gerador e transmissor do Brasil, controlado pelo Estado mas com ações negociadas na bolsa de São Paulo, registou lucros de 1,6 mil milhões de reais (250 milhões de euros) nos primeiros três meses de 2021, de acordo com o comunicado enviado à imprensa, na quarta-feira.

A empresa atribuiu o bom resultado no trimestre ao aumento das suas receitas das operações de transmissão após o reajuste tarifário autorizado pelos reguladores do setor, bem como a uma redução de 5% nos seus custos de pessoal, material e serviços.

De acordo com o balanço da empresa, o lucro operacional bruto cresceu 11% no primeiro trimestre, para 3,8 mil milhões de reais (cerca de 593 milhões de dólares).

A Eletrobras detém 43% das linhas de transmissão do país, com um comprimento total de 76.230 quilómetros, e tem uma capacidade de geração instalada de 50.676 megawatts (MW), equivalente a 29% da produção brasileira.

O Governo de Jair Bolsonaro pretende privatizar a companhia de eletricidade, a segunda maior companhia estatal do Brasil depois da companhia petrolífera Petrobras, mas a venda depende da autorização do Congresso, onde existe uma forte resistência.

Segundo o modelo de venda aprovado e apresentado por Bolsonaro ao Congresso, a Eletrobras promoverá um aumento de capital no qual o governo se absterá de participar e que vai permitir aos acionistas privados tornarem-se acionistas maioritários.

A operação, que deverá estar concluída no final deste ano, poderá render ao Estado um benefício económico de mais de 62,25 mil milhões de reais (11,74 mil milhões de dólares), de acordo com os últimos cálculos da empresa.

MIM // MIM

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