Segundo dados publicados pela Secretária Nacional do Tesouro brasileiro, entre 2018 e 2019 o défice cresceu 29 mil milhões de reais (6,1 mil milhões de euros).

O montante refere-se à soma dos défices do Instituto Nacional do Seguro Social, que gere o sistema público que atende aos trabalhadores do setor privado, os sistemas de pensões dos funcionários públicos ligados ao Governo central e o sistema dos militares.

Segundo o Ministério da Economia, os números negativos registados no sistema de pensão por reforma é o componente mais importante para os sucessivos défices das contas públicas.

O Governo brasileiro informou na quarta-feira que encerrou 2019 com um défice nas contas públicas de 95,1 mil milhões de reais (20,5 mil milhões de euros).

O ano de 2019 foi o sexto consecutivo em que as despesas do Governo brasileiro superaram as receitas com impostos e tributações.

No entanto, o montante atingido no ano passado foi inferior ao de 2018, quando o défice primário ficou em 120,3 mil milhões de reais (25,9 mil milhões de euros).

O défice do sistema de pensões motivou uma ampla reformulação aprovada no Congresso e ratificada pelo Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, no ano passado, que impôs idade mínima para o recebimento de pensões por reforma, aumentou o tempo de contribuição para algumas categorias e alterou regras de cálculo sobre o valor dos benefícios.

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