Entre abril e junho, os custos salariais (por hora efetivamente trabalhada) aumentaram 5,6% (0,7% no trimestre anterior) e os outros custos do trabalho (também por hora efetivamente trabalhada) subiram 6,3% (4,2% no trimestre anterior).

Os aumentos mais acentuados nos custos salariais, neste segundo trimestre de 2022, registaram-se na indústria (7,4%) e na construção (7,1%), enquanto nos serviços e na administração pública foram observados "acréscimos menores, de 5,1% e 5,0%, respetivamente".

Já no trimestre anterior, com exceção da administração pública, os custos salariais tinham registado acréscimos menores em todas as atividades económicas.

O instituto, na publicação hoje divulgada, adianta que os custos não salariais registaram variações superiores às dos custos salariais, com exceção da construção, onde estes custos apresentaram uma variação igual.

Tal como no trimestre anterior, o aumento mais acentuado dos outros custos resultou da retoma do pagamento das contribuições patronais das empresas, que no trimestre homólogo tinham aderido ao regime de 'lay-off' simplificado ou ao Apoio Extraordinário à Retoma Progressiva.

O custo médio por trabalhador registou um acréscimo mais acentuado do que o observado no trimestre anterior em todas atividades económicas. As maiores subidas foram registadas na construção e nos serviços (ambas com 5,1%), enquanto a administração pública teve a menor variação (2,4%).

O INE destaca ainda que os aumentos na Administração Pública têm sido inferiores aos das restantes atividades desde primeiro trimestre de 2021.

Com exceção dos serviços, o número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador diminuiu em todas as atividades económicas, destacando-se os setores da indústria (-2,6%) e a administração pública (-2,5%).

No trimestre homólogo, o INE tinha registado um aumento expressivo do número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador em todas as atividades -- com exceção da construção --, que explica sobretudo pelo encerramento, total ou parcial, das empresas por determinação legislativa ou ainda devido à redução do período normal de trabalho em função da diminuição na faturação.

O próximo Índice do Custo do Trabalho, referente ao terceiro trimestre do ano, será publicado em 14 de novembro.

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