Esta posição foi transmitida por António Costa na segunda ronda do debate sobre política geral na Assembleia da República, depois de a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, ter alertado que as prestações da casa já aumentaram nos últimos meses cerca de 100 euros -- e isto em relação a créditos de valor modesto, o que exige, na sua perspetiva, uma intervenção imediata do Governo para proteger as famílias.

O primeiro-ministro, porém, afastou esta via de intervenção urgente.

"Temos vindo a manter um diálogo quer com o regulador quer com os bancos. Temos vindo a fazer uma monitorização de qual é o montante que temos de crédito e de prestação por agregado familiar e percentil de rendimento. Neste momento, eu acho que não há nenhuma razão para haver um sobressalto", considerou o líder do executivo.

António Costa procurou assegurar a seguir que o seu Governo está "atento" face ao impacto da subida dos juros nas prestações a pagar pelas famílias com créditos à habitação.

"Há razões para estarmos atentos, preocupados. E, ao contrário do que possa parecer, não andar a esbracejar na praça pública não quer dizer que se esteja de braços cruzados. Estamos a fazer o nosso trabalho, com serenidade que a situação recomenda. Tal como com a Segurança Social não se deve ser alarmista, também não se deve ser alarmista relativamente às situações de crédito", advertiu.

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