
De acordo com os resultados do inquérito de conjuntura nas famílias, no 3.º trimestre de 2021 o indicador de confiança no consumidor contrariou a tendência ascendente dos três últimos trimestres, realçando o diminuir da confiança das famílias cabo-verdianas.
Desde o terceiro trimestre de 2020 que o indicador de confiança vinha aumentando em Cabo Verde, depois de uma queda acentuada desde os primeiros três meses de 2019.
Mesmo situando abaixo da média da série, de julho a setembro o referido indicador de confiança evoluiu favoravelmente face ao mesmo período do ano 2020, ainda de acordo com os dados do INE.
"Este resultado justifica-se basicamente pela apreciação positiva das famílias sobre a sua situação económica atual e a evolução do desemprego no país para os próximos 12 meses relativamente ao trimestre homólogo", explicou aquele instituto cabo-verdiano.
Questionadas sobre a sua situação presente e passada, as famílias inquiridas responderam que nos últimos 12 meses, tanto a situação económica do seu lar como a situação económica do país evoluíram negativamente relativamente ao trimestre homólogo.
"Na opinião dos inquiridos, os preços de bens e serviços diminuíram e o desemprego no país diminuiu relativamente ao mesmo período do ano 2020", avançou o INE.
Em relação à poupança, a maior parte (86,2%) dos inquiridos considerou que no terceiro trimestre de 2021 a situação económica do país não permite poupar dinheiro, um aumento relativamente ao trimestre homólogo, que foi de 77,4%.
"De realçar que 12,5% dos inquiridos afirmaram ser possível poupar algum dinheiro com a atual situação económica do país sendo que, no trimestre homólogo, era de 8,6%, apresentando um acréscimo de 3,9 pontos percentuais", prosseguiu a mesma fonte.
Para o futuro, as famílias cabo-verdianas afirmaram que nos próximos 12 meses tanto a situação financeira como a situação económica do país deverão evoluir negativamente face ao trimestre homólogo.
"Para as famílias inquiridas, o desemprego deverá manter a tendência de diminuição e os preços manterão no mesmo face ao trimestre homólogo", referiu o INE.
Quanto à intenção de comprar carro nos próximos 12 meses, 79 em cada 100 entrevistados afirmaram ter a certeza absoluta de que não tencionam fazer esse negócio nos próximos dois anos.
E para comprar ou construir casa no próximo ano, no terceiro trimestre 19,5% dos inquiridos afirmaram que provavelmente sim, irão construir ou comprar uma casa (contra 12,1% no período homólogo), representando um aumento de 7,4 pontos percentuais.
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