A Cimeira de hoje vai servir "para definir posições com particular atenção aos fundos de coesão e da política agrícola comum", disse Plenkovic, aludindo à redução do orçamento para estas duas políticas prevista na proposta apresentada pela Comissão Europeia.

"Acredito que vamos consegui-lo", disse o chefe do governo da Croácia, que falava numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro português, António Costa, após uma reunião bilateral à margem da Cimeira dos Amigos da Coesão, na Pousada de São Francisco, em Beja.

Enquanto presidência, a Croácia não pode "assinar formalmente" a posição que sair da cimeira, disse.

"Mas partilhamos as posições" dos restantes 16 Estados-membros do grupo dos Amigos da Coesão (Bulgária, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Grécia, Hungria, Itália, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia, Portugal, República Checa e Roménia).

Andrej Plenkovic frisou relativamente ao orçamento da União Europeia para 2021-2027 "é importante fechar um acordo quanto antes" para não atrasar o acesso aos fundos.

Além dos 17 Estados-membros do grupo, participam na Cimeira de Beja os comissários europeus do Orçamento, Johannes Hahn, e da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira.

Esta é a terceira cimeira dos países "Amigos da Coesão", depois de Bratislava e de Praga, e realizar-se a pouco mais de duas semanas da cimeira informal de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, prevista para dia 20 de fevereiro, convocada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

A cimeira em Portugal realiza-se numa altura em que se mantém o impasse em torno das negociações sobre o orçamento da UE para 2021-2027, sendo que o objetivo comum dos 27 é alcançar um acordo até ao final do primeiro semestre, de modo a garantir que não há um hiato na transição entre o quadro atual e o próximo - como sucedeu há sete anos -, o que teria consequências a nível de programação atempada dos fundos.

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