A taxa aumentou 0,07 pontos percentuais face ao mês de fevereiro (0,86%) e foi impulsionada pela forte alta dos preços dos combustíveis, que subiram 11,23%, e do gás de cozinha, que subiu 4,48%, segundo relatório divulgado pela IBGE.

Este é o maior resultado para a inflação num mês de março no Brasil desde 2015, quando a alta dos preços atingiu 1,32%.

Com uma subida de 11,26%, a gasolina foi o produto de maior impacto na aceleração do indicador e respondeu por 0,60 pontos percentuais do índice final registado no mês passado.

"Sucessivos reajustes foram aplicados nos preços da gasolina e do diesel nas refinarias entre fevereiro e março e que impactaram os preços de venda ao consumidor final nos postos", explicou o gerente do estudo, Pedro Kislanov.

Ao longo de 2021, o indicador acumula um crescimento de 2,05%, e nos últimos 12 meses, 6,10%, o que o coloca a inflação acima do teto da meta fixada pelo Governo para este ano, que é de 3,75% com margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais, podendo variar entre um mínimo de 2,25% e um máximo de 5,25%.

Segundo o IBGE, seis dos novos grupos de serviços e produtos analisados orquestraram aumento de preços, com destaque para o setor de transportes (3,81%) e habitação (0,81%).

Por outro lado, o grupo educação registou deflação de 0,52% em março, enquanto os preços dos alimentos e bebidas continuaram desacelerando e registaram a quarta queda consecutiva, situando-se em 0,13%.

A inflação no Brasil em 2020 foi pressionada justamente pelo aumento de 14,09% nos preços dos alimentos, que em janeiro deste ano começou a desacelerar fortemente.

O Brasil, maior economia da América do Sul, encerrou 2020 com uma inflação de 4,52%.

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