O acordo "vai abrir mercados para o Brasil e criar condições para que o setor privado do país participe no setor aéreo internacional", destacou o secretário do Comércio Exterior brasileiro, Lucas Ferraz, ao anunciar o pedido de adesão, apresentado no 12.ª Conferência Ministerial da OMC, que decorre esta semana em Genebra.

O Brasil é um dos poucos grandes fabricantes mundiais da aviação civil que ainda não tinha subscrito o acordo, que está em vigor desde 1980 e no qual estão 33 economias, entre elas os Estados Unidos da América, a China, a União Europeia, o Reino Unido e o Canadá, de acordo com a agência Efe.

Os brasileiros argumentaram perante a OMC que a entrada neste acordo será especialmente oportuna no contexto da grave crise que o setor atravessa devido à pandemia de covid-19, e agora por causa da guerra na Ucrânia, que voltou a causar perturbações no tráfego aéreo.

O acordo limita o pagamento de direitos de importação de aviões, com exceção dos militares, e produtos relacionados, incluindo motores e outras peças, e simuladores de voo.

O Brasil espera que o acordo lhe dê acesso a componentes de alta tecnologia a um preço mais baixo graças à redução das taxas alfandegárias, o que lhe permitirá conferir mais estabilidade a um setor que enfrenta tempos de incerteza.

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