Formalmente apresentado como novo selecionador italiano, Gennaro Gattuso não escondeu a emoção por chegar ao cargo: «É um sonho tornado realidade. Espero estar à altura da tarefa. Não é fácil, mas há poucas coisas na vida que sejam fáceis. Sabemos que é preciso trabalhar muito.»

«Fala-se muito que não temos talento, mas eu acredito que temos. E espero prová-lo. O objetivo é levar a Itália ao Mundial. Para nós, para o país, isso é fundamental. Na minha cabeça, está claro o que temos de fazer. Temos de recuperar o nosso entusiasmo e não pensar de forma negativa. Temos de criar uma família. A técnica e a tática estão agora em segundo plano. A camisola da Itália é pesada, mas não temos de ter medo», considerou.

Lembrado pela sua garra e intensidade como futebolista, Gattuso quis distanciar-se desse estereótipo, que agora não corresponde ao seu estilo como treinador. «Já se falou muito de mim. A minha figura de jogador ainda pesa muito. Que eu corria, gritava... Mas como treinador é diferente. De facto, agora um jogador como eu, que fazia tanto alarido... não jogaria na minha equipa.»

«Sou claro quanto ao futebol de que gosto. O futebol mudou muito nos últimos anos. É preciso entrar na cabeça dos jogadores e, apesar de serem mais profissionais do que no meu tempo, é mais difícil para eles formarem um grupo», afirmou o campeão do mundo em 2006.

A estreia de Gattuso no banco azzurro será no dia 5 de setembro, contra a Estónia, na primeira de seis finais que os italianos precisam de ganhar para manterem a esperança de se qualificarem diretamente para o Mundial de 2026