
Francesco Bagnaia defende que a tração à saída das curvas continua a ser mais decisiva que a velocidade pura, mesmo em Mugello, apesar de reconhecer a importância das retas longas do circuito toscano.
O bicampeão mundial italiano da Ducati utilizou a recente prova de Aragão como exemplo para sustentar a sua teoria sobre a importância da tração face à velocidade máxima. Questionado sobre as características que considera fundamentais em Mugello, Bagnaia foi claro: ‘Em Aragão, vimos claramente que a tração e a aceleração são mais importantes que a velocidade máxima.’ O piloto referiu especificamente o duelo com Pedro Acosta para ilustrar o seu ponto de vista.
A experiência do turinês em Aragão, onde conseguiu o terceiro lugar após superar o jovem espanhol da KTM, serviu para reforçar as suas convicções táticas. ‘Porque em Aragão, ultrapassei-o na reta’, explicou Bagnaia, demonstrando como a tração superior da sua Ducati compensou a eventual desvantagem em velocidade máxima. Esta abordagem técnica reflete a filosofia da marca italiana, que privilegia a tracção e a agilidade em detrimento da potência bruta.
Relativamente às especificidades de Mugello, o vencedor das últimas três edições do Grande Prémio de Itália reconheceu as características únicas do traçado. ‘Penso que nesta pista o aspiration e a reta são mais longos, por isso pode ser mais fácil ultrapassar’, admitiu o italiano, ciente da importância das secções rápidas. Contudo, manteve a sua convicção: ‘E é verdade que a velocidade máxima é super importante. Mas é mais importante ter uma boa tração à saída das curvas.’
A perspetiva de Bagnaia ganha ainda mais relevância considerando o seu historial de sucesso em Mugello, onde conquistou as últimas três vitórias consecutivas. O piloto da Ducati demonstra assim uma compreensão profunda das dinâmicas de corrida no circuito toscano, equilibrando o respeito pelas longas retas com a importância da eficiência mecânica nos sectores mais técnicos da pista.