Pérez, que somou a quinta vitória e primeira desde Singapura (2022), completou as 50 voltas previstas em 1:21.14,894 horas, deixando Verstappen a 5,355 segundos, com o bicampeão em título a manter-se isolado no comando da tabela de pilotos graças ao ponto de bónus pela melhor volta da corrida.

O último lugar do pódio acabou por 'cair' na 'secretaria' para o britânico George Russell (Mercedes), promovido a terceiro após penalização do espanhol Fernando Alonso. Acabou a 25,866 segundos do vencedor.

O espanhol, que colocou o seu Aston Martin ligeiramente fora do lugar na grelha de partida, arrancou melhor do que Sergio Pérez, autor da 'pole position', e saltou para o comando logo na primeira curva.

"Cometi um erro", assumiu Alonso, nas entrevistas rápidas após o final da corrida.

Pérez demorou quatro voltas a recuperar o comando, já com a ajuda do sistema DRS (sistema mecânico que permite reduzir a resistência ao ar pelo carro que seguir menos de um segundo atrás de um adversário).

Enquanto isso, Max Verstappen, que partira do 15.º lugar da grelha, encetava uma cavalgada que o deixou no segundo lugar após estarem cumpridas 25 das 50 voltas previstas.

O safety car, que foi chamado a intervir na volta 17, devido a uma avaria no Aston Martin do canadiano Lance Stroll, ajudou a poupar tempo na ida às boxes para troca de pneus e acabou por encurralar os dois Ferrari atrás dos dois Mercedes.

A segunda metade da corrida acabou por ser um duelo à distância entre os dois dominadores do campeonato.

Pérez, que seguia na liderança da corrida, estabelecia sucessivamente a melhor volta, que era prontamente arrebatada por Verstappen, atrasado cinco segundos em relação ao seu companheiro de equipa.

A vantagem de Pérez foi baixando até aos quatro segundos à falta de 10 voltas para o final, mas Verstappen começou a queixar-se de uma sensação mais áspera na passagem das mudanças.

Tinha sido precisamente a quebra de um veio de transmissão, no sábado, a deixar o campeão do mundo no 15.º lugar da grelha.

A equipa pediu um ritmo mais moderado aos seus dois pilotos, que tinham mais de 15 segundos de vantagem para o terceiro carro em pista, o Aston Martin de Alonso.

Pérez estranhou o ritmo alto em que seguiam os dois Red Bull, sugerindo que não era necessário esforçar o material perante uma corrida controlada.

A verdade é que foi só com a sensação de problemas mecânicos que Verstappen abrandou e se contentou com o segundo lugar.

"A dada altura, decidimos contentar-nos com o segundo lugar, mas foi uma grande recuperação mesmo assim", frisou o neerlandês.

No entanto, na última volta, Verstappen aumentou novamente o ritmo, de forma a roubar a volta mais rápida da corrida ao companheiro de equipa e, com o ponto extra que essa rubrica vale, segurar a liderança do campeonato.

A tensão entre os dois pilotos da Red Bull ficou evidente antes da cerimónia do pódio, com Pérez a questionar Verstappen sobre esse ataque tardio perante a recomendação da equipa em seguirem a um ritmo mais moderado.

"Tornou-se [uma corrida] mais difícil do que esperava. A equipa fez um trabalho incrível", disse, no final, Pérez.

Já Verstappen, que na sala que antecede o pódio só cumprimentou Alonso, pareceu pouco incomodado com o incómodo de mexicano.

O britânico Lewis Hamilton (Mercedes) foi o quinto, a mais de meio minuto do vencedor, seguido dos dois Ferrari, o do espanhol Carlos Sainz (foi sexto) e o do monegasco Charles Leclerc, que tinha perdido a posição para o seu companheiro na altura das paragens para troca de pneus.

Os franceses Esteban Ocon e Pierre Gasly, da Alpine, foram oitavo e nono, respetivamente, com o dinamarquês Kevin Magnussen (Haas) a somar o último ponto disponível, com o 10.º lugar.

Com estes resultados, Max Verstappen mantém a liderança do campeonato, após duas corridas disputadas, com 44 pontos, mais um do que Sérgio Pérez, que tem 43.

Apesar da penalização, Alonso segurou o terceiro lugar, com 27 pontos.

A próxima corrida é o GP da Austrália, a 02 de abril

AGYR // PFO

Lusa/Fim