
Paulo Henrique quebrou o silêncio esta quarta-feira após ter rescindido contrato com o Radomiak Radom, da Polónia, e ter sido apresentado como reforço do Marítimo, respondendo oficialmente ao clube polaco e justificando a rescisão unilateral com base em «incumprimentos graves e prejudiciais» por parte da direção polaca.
O comunicado, divulgado pelos representantes legais, deixa claro que a decisão do jogador «não foi impulsiva», mas sim resultado de uma sucessão de problemas durante toda a temporada 2024/25. Entre eles, destaca-se o incumprimento salarial e a falta de comunicação quanto aos pagamentos. «O nosso cliente desconhecia, quando, quanto, de que forma e até por quem lhe seria liquidado o salário, supostamente mensal», pode ler-se na nota.
«O Paulo Henrique nunca viu esclarecidas as situações que, a este propósito, foi questionando ao clube, as quais serão discutidas e decididas pelos órgãos jurisdicionais competentes e no momento adequado. O Clube nunca forneceu explicações ou um plano claro para resolver as graves situações que durante todo o período de execução do contrato se verificaram», continuou.
«O Paulo Henrique fez de tudo para continuar ao serviço do FC Radomiak S.A., mas esta situação de absoluta incerteza e a insegurança quanto ao cumprimento das obrigações assumidas pelo clube, de forma reiterada, determinou que se rescindisse o contrato de trabalho.»
O comunicado revela ainda que o caso já foi apresentado às entidades competentes do futebol mundial e será decidido judicialmente em momento oportuno.
Um dia depois de o Marítimo ter anunciado a contratação de Paulo Henrique, defesa-esquerdo de 28 anos que na época passada representou o Radomiak Radom, o clube polaco emitiu um comunicado a informar que o antigo internacional sub-20 português ainda tem contrato em vigor. O clube que na época passada terminou o campeonato polaco no 12.º lugar e que é treinado por João Henriques promete entregar o assunto aos advogados.