
Os sócios da Académica reuniram-se esta sexta-feira em Assembleia-Geral, na qual foram aprovados o Relatório e Contas da SDUQ (2023/2024) e do Organismo Autónomo de Futebol (2022/2023). Num momento em que a Briosa se prepara para ir a eleições - marcadas para dia 1 de junho -, o futuro da instituição foi o tema central do debate, numa noite em que Rui Sá Frias (atual vice-presidente), Joaquim Reis e Fernando Lopes, os três nomes que já anunciaram que vão a votos, estiveram presentes, tal como o atual presidente, Miguel Ribeiro, que anunciou que não se irá recandidatar.
Este foi, de facto, um dos momentos marcantes da noite. Emocionado, o presidente cessante despediu-se dos sócios, fazendo uma análise dos últimos três anos. "Não me vou recandidatar. Foi uma grande honra. Os valores da Académica sempre me inspiraram e foi isso que tentei trazer para a Académica. Quando assumi a presidência, não imaginava a dimensão dos obstáculos que iriamos enfrentar. Infelizmente, a direção não conseguiu cumprir os objetivos e grande parte das propostas eleitorais. Ainda assim, deixei a Académica em melhores condições do que aquelas que existiam quando a encontrei. Saio com a consciência tranquila", afirmou, no final da noite, tendo sido aplaudido, de pé, pela maior parte dos associados presentes.
Contas da SDUQ aprovadas
Rui Sá Frias, vice-presidente para a área financeira, apresentou o Relatório e Contas da época 2023/2024 da SDUQ, que mostrou um resultado líquido negativo do período de cerca de 792 mil euros. Porém, excluindo imparidades, custos associados ao processo de recuperação e investimentos em infraestruturas, o valor fixa-se em cerca de 385 mil euros negativos. Neste cenário, e olhando para este último resultado, Sá Frias sublinhou que se trata do segundo melhor resultado dos últimos 10 anos. Contas feitas, o passivo da SDUQ está agora um pouco acima dos 4,3 milhões de euros.
Apesar de várias intervenções de associados a criticar o atraso na apresentação das contas, estas foram aprovadas, com 57 votos a favor, 83 abstenções e 2 contra.
OAF com primeiro resultado positivo em 10 anos
Também aprovadas foram as contas do Organismo Autónomo de Futebol (OAF), relativo à época 2022/2023, com 48 votos a favor, 86 abstenções e 2 contra. Estas, apresentaram um resultado líquido (excluindo efeitos do plano de recuperação) de cerca de 784 mil euros, o que permitiu um resultado líquido consolidado positivo de cerca de 239 mil euros, o único positivo nos últimos 10 anos. O passivo do OAF, fixa-se em cerca de 4,6 milhões. Ainda em falta está a apresentação do Relatório e Contas de 2023/2024, referente ao OAF, algo que a direção academista diz lamentar.