6 Diogo Costa — Se metade da mão-cheia de boas defesas que efetuou não tivessem resultados de lances com jogador do Boavista em fora-de-jogo, seria muito sério candidato a melhor jogador dos portistas. Foi, como é apanágio das equipas grandes, chamado a intervir poucas vezes, mas em todas elas esteve impecável. Em dois lances não havia irregularidades anteriores, uma saída de cabeça à líbero e uma boa defesa a lance de Diaby. Ainda ia oferecendo o 3-1 a Samu, num passe longo de jogo direto.

5 Nehuén Pérez — Foi ator das duas carambolas da noite: a primeira no segundo golo azul e branco, onde decidiu muito bem, em frações de segundo, a execução de um pontapé de costas para a baliza mas a bola ainda passou pela cabeça de Marcano; a segunda no penálti que deu alento ao Boavista, um lance a roçar o caricato no qual está, com o braço direito, a indicar a José Pedro para aliviar a bola da área e ela vai bater-lhe justamente aí. Ainda acabou expulso por acumulação de amarelos, mas esteve globalmente bem no aspeto defensivo.

5 José Pedro — Foi o agente principal do tal lance caricato, ao aliviar a bola contra o braço do colega de equipa dentro da área portista. Algo que, de forma figurada, acaba por caricaturar o que foi a época deste FC Porto que, tudo o indica, vai ser terceiro classificado. Diga-se, no entanto, que enquanto central domeio terá sido o também o principal responsável pelo acerto com que a defesa subiu e colocou os jogadores do Boavista em fora-de-jogo lance atrás de lance.

5 Marcano — Termina a temporada em crescendo, depois de longa paragem. A lucidez dele é importante para a defesa portista e a capacidade de aparecer nas dobras aos companheiros igualmente relevante. Marcou quase sem querer (embora se note um gesto de reação, de cabeça, ao pontapé de Nehuén Pérez. Na segunda parte teve mais trabalhom dada a acutilância de Diaby pelo flanco direito boavisteiro.

5 João Mário — Melhor a atacar que a defender, embora o amor à verdade nos mande dizer que não teve trabalho por aí além e a habitual capacidade de explosão de Salvador Agra não fez mossa ao FC Porto. Ensaiou várias combinações com Fábio Vieira e nunca se escusou a aparecer na frente, lá está.

6 Eustáquio — Um dos mais esclarecidos jogadores portistas está a mostrar que se sente mais à vontade no meio-campo do que propriamente a atuar no trio defensivo, como sucedeu várias vezes esta época. Trabalho defensivo quase irrepreensível, bom jogo posicional e muitas tentativas de ajudar a dupla João Mário-Fábio Vieira na direita do ataque.

5 Alan Varela — Já nos acostumámos a dar pouco por ele, mas quando se fazem contas mais detalhadas percebe-se que está quase sempre no sítio certo e funciona como pêndulo do meio-campo. Não arriscaríamos afirmar que o faz em pezinhos de lã, porque é bastante assertivo e intenso nas tarefas que lhe são confiadas, mas pode dizer-se que se afirmou como indiscutível de forma discreta.

6 Francisco Moura — Meio apagado na primeira parte, na segunda demonstrou não só capacidade para suster Diaby como para surgir em terrenos adiantados, de onde gosta de fazer assistências, com uma frescura física invejável. Quase no final no período de compensação acabou com o jogo com uma bela arrancada que terminou em falta cometida sobre ele perto da área do Boavista.

5 Fábio Vieira — É um criativo à procura da melhor inspiração, coisa que nem sempre lhe surgiu, como tem sucedido. Mas é também um trabalhador. Uma boa pré-época pode trazer-nos um Fábio diferente em 2025/2026.

5 Samu — Melhor na segunda parte que na primeira, foi vítima de uma falta de inspiração generalizada no relvado do Bessa. Lutou muito e esteve perto de marcar, mas já se lhe viram muito melhores momentos.

5 Pepê — Após perder a titularidade, entrou aos 67 minutos com vontade de mostrar serviço. E mostrou algum, na verdade, não se limitando à área de jurisdição à esquerda que lhe fora reservada.

0 Martim Fernandes — 15 minutos em campo, compensação incluída, sem notas de registo.

0 Tomás Pérez — Exatamente a mesma ideia que a que deixou Martim Fernandes.

5 Otávio — Otávio foi diferente: entrou antes de um livre perigoso a favor do Boavista e cortou logo o lance. Poucos minutos em campo, mas importância relevante na manutenção da vantagem.

0 Namaso — O FC Porto estava reduzido a dez e ficou sozinho lá na frente, quase sem tocar na bola.