Ricardo Miguel Moreira da Costa, 44 anos. Um antigo internacional português, campeão europeu pelo FC Porto, que abraçou, no ano passado, o primeiro desafio como treinador principal no FC Dila Gori, emblema da Geórgia.

Em entrevista ao Além-Fronteiras, Ricardo Costa destaca a "capacidade de superação muito grande” dos desportistas georgianos, mas defende que o futebol no país ainda carece de meios humanos que tragam “princípios de profissionalismo”.

“Gostaria muito de voltar ao FC Porto”

O antigo defesa central recorda os anos de glória vividos de dragão ao peito, com as conquistas, entre outros títulos, da Taça UEFA e da Liga dos Campeões sob o comando técnico de José Mourinho, que considera um “mentor”. "Com ele aprendi muito do que sei hoje”, conta.

Ricardo Costa admite que sonha com um regresso ao FC Porto, clube que representou durante 11 temporadas enquanto jogador e treinador das camadas jovens. Sobre o momento atual do clube, defende que os “dragões” têm de pensar na estrutura, mas deixa elogios à gestão do presidente André Villas-Boas.

“Rodrigo Mora junto à zona de finalização é Deus, faz-me lembrar o Deco”

O antigo internacional português treinou o menino prodígio do clube portista numa das três temporadas em que esteve ao comando dos juvenis do FC Porto. Um ‘diamante’ em bruto que Ricardo Costa considera “sobredotado com bola” e com uma “humildade muito acima da média”.

Sobre a vida na Geórgia, Ricardo Costa diz sentir-se muito bem, num “pais do vinho”, “muito parecido com o Porto” e com “um povo muito ligado à natureza e aos animais”.

Em relação à gastronomia, o jogador elogia a “comida fantástica” do país e destaca duas iguarias: o khinkali e o khachapuri.