A corrida do GP de França de MotoGP ficou marcada por um início conturbado devido à incerteza relativa às condições meteorológicas – tendo mesmo de atrasar os procedimentos.

Na volta de aquecimento, os pilotos estavam com os pneus slick, mas constataram que as condições justificavam uma troca para pneus de chuva. Foi mostrada a bandeira branca e com todos os pilotos nas boxes foi decretada a interrupção com bandeira vermelha por motivos de segurança.

Mas a confusão não acabou aí: na nova volta de reconhecimento antes do reatar, vários pilotos com pneus de chuva acabaram por decidir que nesse momento as condições já permitiam os pneus slick e foram trocar de moto. Resultado? Uma «chuva» de penalizações de dupla Long Lap, como ditam as regras, que lançou ainda mais o caos.

Carlo Pernat não gostou do que viu por parte da direção de corrida, deixando fortes críticas no habitual comentário que faz no site GPOne.com: ‘Direção de corrida, zero. Estamos a um nível, amadores à solta, mas como podes não atrasar um arranque com o que estava a acontecer, enquanto estava a chuviscar, meio seco, meio molhado? Tudo o que eles tinham de fazer era atrasar o início em dez minutos, e todos depois disso teriam montado os pneus de chuva, e teriam tido uma corrida normal. Uma corrida tornada irreal por causa da decisão da direção de corrida, duplas Long Lap, mudanças de moto, entradas nas boxes sequenciais. Algo lamentável, em especial para a segurança dos pilotos. Foi uma coisa inacreditável’.

O empresário de pilotos deixou, depois, uma sugestão: ‘Precisamos da Dorna a envolver-se na direção de corrida porque, diante de 311 mil espectadores, um recorde para Le Mans, foi um espetáculo feio, não de campeonato do mundo, nem sequer de um campeonato amador’.