Após garantir a presença na final do Europeu sub-17, onde vai defrontar a França, o selecionador nacional Bino Maçães não escondeu o orgulho nos seus jogadores e assumiu mesmo que optou por não ver os penáltis frente à Itália (2-2, 3-4 pen), onde o guarda-redes Romário Cunha brilhou.

"É um prémio merecido para os meus jogadores. Muitos parabéns a todos pelo trabalho que têm feito. Agora, queremos mais. Depois do primeiro grande objetivo, chegámos às meias-finais e conseguimos ultrapassar a poderosa Itália. Estando na final, não vamos só para desfrutar. Queremos vencê-la", começou por referir, em declarações na zona de entrevistas rápidas do Canal 11. "Eu estive calmíssimo e não vi nenhum dos penáltis, porque o trabalho que os nossos jogadores tinham feito era suficiente para mim. Eu sei que ganhar é diferente de perder uma meia-final, mas vamos ter um Mundial de sub-17 pela frente e o que eles fizeram hoje dá-me garantias de que podemos representar bem a Seleção Nacional", acrescentou.

Vitória nos penáltis: "Foi um prémio pela frieza deles. Parabéns ao Romário Cunha, porque esteve muito bem a defender. Acho que estamos na final de forma merecida, por tudo o que fizemos e pelo nosso trajeto. Temos de perceber como é que os jogadores vão recuperar. Isso será determinante para a qualidade e a intensidade da final. Acho que há pouco tempo de descanso, mas é o que temos e vai depender muito desse descanso. Temos alternativas e eu tenho dito sempre que não tenho titulares. É verdade que uns têm jogado mais do que outros, mas somos uma equipa homogénea e vamos precisar de todos até à final. Os que têm entrado estão a dar uma grande resposta e têm ajudado. Vamos ver o que acontece, mas, como é lógico, queremos mais".

Romário Cunha

"Foi o instinto. Estudámos os adversários e também fui na fé. É uma sensação incrível poder ajudar a equipa. Muitas vezes, há claramente uma pressão extra [nos penáltis], mas lidámos bem com isso. Agora, estamos prontos para a final e vamos com tudo. Tínhamos na cabeça que a Itália já ganhava a Portugal desde 2013. Na roda, dissemos que íamos mudar isso. Acreditámos, sofremos muito e o resto veio por acréscimo. A nossa reação aos dois golos foi incrível. O ambiente no balneário está incrível desde o primeiro jogo e o pessoal tem estado unido e ligado. Sinceramente, acho que isso nos poderá levar à conquista do tão esperado título".

O que esperar da final? "Já jogámos contra a França e empatámos. Fomos superiores e podíamos ter resolvido esse jogo. Vamos encarar a final com a pressão típica desses encontros e prometemos aos adeptos portugueses que daremos tudo. O Europeu está a ser incrível para nós. Estamos a dar uma resposta incrível e fenomenal e acho que a final será mais uma prova de que não viemos aqui só para ficar pela fase de grupos".