Na que foi a sua penúltima sessão antes do escrutínio eleitoral, que opõe o republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden, o índice seletivo Dow Jones Industrial Average terminou em recuo de 0,59%, para os 26.501,60 pontos.

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq perdeu 2,45%, para as 10.911,59 unidades, e o alargado S&P500 desvalorizou 1,21%, para as 3.269,96.

No conjunto da semana, o Dow Jones baixou 6,5%, ao passo que o Nasdaq e o S&P500 tiveram contrações similares, respetivamente, de 5,5% e 5,6%.

Com referência ao mês que agora acaba, o Dow Jones perdeu 4,61%, o Nasdaq recuou 2,29% e o S&P abandonou 2,77%. Estes foram os recuos mensais mais fortes desde o início da pandemia nos EUA em março.

As ações nos EUA "acrescentaram pesadas perdas semanais ao encerrar o mês", estimaram os analistas da Schwab.

"A perturbação mundial persiste quanto ao impacto de uma ressurgência de novos casos de covid-19 nos EUA e na Europa, exacerbada por uma incerteza crescente antes da eleição presidencial da próxima semana", acrescentaram.

Para Maris Ogg, da Tower Bridge Advisors, "a palavra é incerteza".

Para esta analista, "a incerteza está em várias frentes, com as eleições, com o vírus na Europa, sem esquecer que a Europa tem duas, três semanas de avanço" sobre os EUA, em termos de evolução da pandemia, acrescentou.

Apesar da recuperação do crescimento da economia dos EUA no terceiro trimestre, anunciado na quinta-feira, e apesar dos resultados das principais empresas da aera da tecnologia terem sido considerados bons pelos investidores, estes têm concentrado as suas atenções em aspetos negativos, como a incerteza das previsões avançadas pelas empresas.

O setor tecnológico e o Nasdaq, que chegou a estar a cair mais de 3% durante o dia de hoje, arrastaram o conjunto dos índices para baixo.

Desde logo, a Twitter, que recuou 21,11%, foi punida por causa de um crescimento fraco do número dos seus utilizadores, apesar de a receita de publicidade estar a aumentar.

Com perdas fortes estão também Facebook (6,31%), Amazon (5,45%) e Apple (5,60%).

Pelo contrário, a 'holding da Google, a Alphabet, fechou a subir 3,43%, depois de ter anunciado na véspera um lucro trimestral de 11,2 mil milhões de dólares (9,6 mil milhões de euros), para um volume de negócios de 46,2 mil milhões.

O VIX, designado o índice do medo, que mede a volatilidade da bolsa nova-iorquina, subiu 1,14% para 38 pontos, o que o coloca perto do seu máximo em quatro meses, sugerindo que os corretores e os investidores estão inquietos.

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