
Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,29%, para os 31.008,69 pontos.
Mais pesada foi a perda do tecnológico Nasdaq, de 1,25%, para as 13.036,43 unidades, com o alargado S&P500 a desvalorizar 0,66%, para as 3.799,61.
Estes três índices emblemáticos da praça nova-iorquina tinham encerrado a semana em níveis inéditos, com os meios financeiros a ignorarem os maus números sobre o emprego nos EUA e a violência política em Washington, com o ataque ao Capitólio, antes da validação pelo Congresso da eleição de Joe Biden como próximo presidente.
Preferiram, pelo contrário, centrar-se na perspetiva de novas medidas de relançamento económico, prometidas por Biden, que vai assumir funções em 20 de janeiro.
"Mas chega a um ponto em que já não é possível antecipar o futuro e tem de se interessar pelo presente", avançou Art Hogan, da National Holdings, para explicar a descida hoje verificada em Wall Street.
"O presente continua a ser dominado por problemas logísticos para encaminhar as vacinas e pela subida do número de novas infeções", especificou.
Os investidores continuaram com atenção a todas as notícias sobre a pandemia.
A empresa de biotecnologia norte-americana Gilead recuou 0,84%, apesar de ter revisto em alta as suas previsões de receitas no quarto trimestre de 2020, graças à forte procura do remdesivir, utilizado como tratamento contra o novo coronavirus.
Entre os outros valores do dia, a Twitter perdeu 6,41%. Na sexta-feira, esta empresa de rede social suspendeu de forma permanente a conta de Donald Trump, dois dias depois da invasão do Capitólio protagonizada pelos seus apoiantes.
Os conglomerados Apple, Alphabet ('holding' da Google) e Amazon baixaram um pouco mais de dois por cento. A Amazon cortou o acesso aos seus servidores á rede social Parler, dominada por apoiantes de Trump, ao passo que a Apple e a Google retiraram-na das suas plataformas de telecarregamento.
Já o banco JPMorgan valorizou 1,49%. No domingo, anunciara que suspendia temporariamente todos os financiamentos dos responsáveis políticos dos EUA, no seguimento do ataque ao Congresso.
Numerosos outros grupos económicos dos EUA também reagiram aos tumultos, ocorridos na quarta-feira, e decidiram suspender as doações a políticos, parar o financiamento dos congressistas republicanos que se opuseram à certificação das eleições presidenciais ou deixar de gerir as transações no sítio da campanha de Trump.~
O construtor de veículos elétricos topo de gama Tesla, que não parava de valorizar desde o final de dezembro, chegando a ter na sexta-feira uma capitalização bolsista superior a 800 mil milhões de dólares (658 mil milhões de euros), caiu hoje 7,82%.
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Lusa/fim