A concentração foi organizada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais com o objetivo de marcar uma reunião com a tutela uma vez que, dizem, os pedidos anteriores não foram atendidos.

"Estamos à espera que nos recebam para iniciarmos o processo de revisão desta carreira, que foi aprovada em 1999 e desde aí continua à espera da sua regulamentação", frisou à Lusa a coordenadora da FP, Elisabete Gonçalves.

Os manifestantes, rodeados por faixas que reivindicavam a dignificação da carreira, a contratação de mais efetivos, a atualização dos suplementos de risco e por melhores condições de trabalho, gritavam palavras de ordem.

Entre testemunhos de trabalhadores presentes no local, ouvia-se "Ministro, escuta, os vigilantes estão na luta" e "Exigimos negociação, marquem reunião".

Elisabete Gonçalves afirmou que há "necessidade de contratação de efetivos, de regulamentação do suplemento de risco e de revisão da aposentação".

O abaixo-assinado, entregue no Ministério do Ambiente, contou com cerca de 160 assinaturas, sendo que em Portugal há 320 trabalhadores na carreira de vigilantes da natureza, de acordo com a federação.

Número abaixo "do suficiente", segundo Elisabete Gonçalves, e que compromete o futuro da profissão porque não há "admissão de efetivos" para substituir aqueles que vão avançando na idade.

"Considerando o ambiente uma política de bandeira do Governo, eram necessários mais trabalhadores e um recrutamento efetivo para a carreira de vigilantes da natureza", concluiu.

Os vigilantes da natureza asseguram um vasto conjunto de ações, como a vigilância, a fiscalização, a monitorização e a sensibilização nas áreas classificadas do país contribuindo para a conservação da natureza e a preservação dos espaços florestais.

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Lusa/fim