No decurso de uma conferência de imprensa no salão do livro de Guadalajara, Méexico, Vargas Llosa, que não esconde a sua oposição ao regime cubano, considerou mesmo que as "estruturas de domínio e controlo vão começar lentamente a abrir brechas" após a morte de Fidel Castro na sexta-feira em Havana, aos 90 anos.

"Esperemos que esse processo seja rápido e, sobretudo, que decorra calmamente, que não envolva mais violência que aquela que o povo cubano já sofreu", disse Vargas Llosa.

De acordo com o escritor, com 80 anos, parece "muito pouco provável que o regime sobreviva ao desaparecimento do ditador [Fidel Castro] porque era ele que tornava o sistema mais ou menos imóvel e impedindo-o de evoluir".

Entusiasta apoiante da Revolução cubana nos seus primórdios, vargas Llosa mostrou-se progressivamente desiludido pela sua evolução, antes de se tornar num dos seus mais acérrimos críticos.

No passado também criticou com veemência o já falecido escritor colombiano Gabriel García Márquez, também laureado com o Nobel da literatura, pela amizade que este manifestava a Fidel Castro.

PCR // PJA

Lusa/Fim