
Estes centros de distribuição foram concebidos pelos EUA e por Israel.
O Ministério da Saúde de Gaza e as organizações médicas palestinianas denunciaram que um ataque israelita perto de um destes centros, a poucos quilómetros de Rafah, no sul do enclave, fez mais de 30 mortos e 200 feridos.
A Fundação Humanitária de Gaza (GHF), responsável pela distribuição, negou o sucedido e afirma que se trata de uma distorção inventada pelo movimento islamita palestiniano Hamas.
Lazzarini, numa declaração publicada esta tarde na sua conta na rede social X, denunciou um "sistema humilhante" que funciona à margem do direito internacional e que "obrigou milhares de pessoas famintas e desesperadas a caminhar dezenas de quilómetros até uma zona praticamente pulverizada devido aos intensos bombardeamentos do exército israelita".
"A entrega e distribuição de ajuda deve ser efectuada em grande escala e de forma segura. Em Gaza, isso só pode ser feito através da ONU", acrescentou.
O comissário voltou ainda a instar Israel a levantar o cerco e a permitir à ONU "um acesso seguro e desimpedido para que a ajuda chegue e seja distribuída em segurança".
Tal como fez no início da semana, Lazzarini insistiu que a ajuda fornecida pela ONU desde o início do conflito nunca passou pelas mãos do Hamas, contrariamente às afirmações de Israel e dos EUA.
"Com as narrativas concorrentes e as campanhas de desinformação em pleno andamento, os meios de comunicação internacionais devem ser autorizados a entrar em Gaza para relatar de forma independente as atrocidades em curso", disse Lazzarini.
AJR // VM
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