A banda militar afina os últimos acordes e o coral nacional, recentemente formado pela secretaria de Estado da Cultura, aquece as gargantas para cantar o hino nacional.

Os vários grupos de ballet fazem os últimos aquecimentos e os militares já estão preparados para a parada, mas, enquanto esperam, dão um pezinho de dança.

Num palco, montado na ponta do relvado do campo de futebol, o mestre de cerimónia tenta manter a animação durante a espera e vai convidando músicos guineenses para atuar.

Do aeroporto, chegam as novidades. O Presidente do Senegal, Macky Sall, já chegou ao país, e o primeiro-ministro do Togo também.

Os jornalistas no estádio vão fazendo diretos, é preciso contar o que se passa. A Televisão Nacional da Guiné-Bissau (TGB) está em direto contínuo desde as 07:00.

"A TGB começou com diretos desde de manhã do aeroporto, depois vamos ter comentadores no estúdio a falar da data da independência e iniciamos depois um outro direto do ato oficial das cerimónias no estádio", disse à Lusa Eusébio Nunes, da direção-geral da televisão pública guineense.

Ao estádio só faltam chegar os principais convidados e as autoridades guineenses para a cerimónia, que terá como ponto alto o discurso do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, e o público, que à entrada é obrigado a desinfetar as mãos e a colocar uma máscara.

O mau tempo que se fez sentir hoje em Bissau, a pandemia provocada pelo novo coronavírus e o facto de a cerimónia estar a ser transmitida na televisao fez com que as pessoas tenham optado por ficar em casa ou atrasado a sua chegada ao estádio.

Esta semana, o Alto Comissariado para a Covid-19 já tinha pedido às pessoas para evitarem ir para o local das celebrações para prevenir um aumento das contaminações.

A Guiné-Bissau proclamou unilateralmente a independência a 24 de setembro de 1973.

A declaração de independência foi lida nas matas de Boé pelo antigo Presidente guineense João Bernardo "Nino" Vieira e imediatamente reconhecida pelas Nações Unidas.

Nas cerimónias vão participar quatro chefes de Estado africanos e vários ministros, incluindo o chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva.

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