Numa mensagem na plataforma Truth Social, Trump reclamou que os agentes não permitiram que ninguém, nem mesmo os seus advogados, se aproximassem dos quartos em que entraram durante a operação em Mar-a-Lago, a sua mansão na Florida.

"Todos foram convidados a sair do local, eles queriam ficar sozinhos, sem testemunhas que vissem o que estavam a fazer, a levar ou, espero que não, 'a plantar'. Porque é que eles insistiram tanto em não terem ninguém a observá-los?", questionou o político republicano.

Trump levantou assim dúvidas sobre as ações do FBI e as possíveis provas recolhidas, insistindo no seu argumento de que toda esta ação foi orquestrada pelo Governo de Joe Biden e tem fins políticos.

Nem o FBI nem o Departamento de Justiça divulgaram declarações explicando o motivo da operação. Enquanto aguardam algum detalhe ou explicação oficial, vários líderes republicanos, incluindo a liderança do partido, atacaram o "abuso de poder" dos democratas.

O próprio Trump, no entanto, não tornou público ou divulgou detalhes sobre o mandado de busca que os agentes apresentaram para ter acesso à sua casa e que poderia lançar luz sobre essas investigações, focadas 'a priori' em documentos com informações confidenciais que não deveriam ter sido retirados da Casa Branca.

Enquanto isso, o Governo Biden garantiu que o atual chefe de Estado não foi informado da busca e soube da mesma através da imprensa, uma vez que se trata de uma investigação "independente".

Christina Bobb, uma das advogadas de Trump, disse em várias entrevistas que estava em Mar-a-Lago quando a busca teve lugar e que o FBI levou da residência aproximadamente 12 caixas.

O ex-presidente tem várias frentes jurídicas abertas, incluindo um processo cível sobre as práticas comerciais da sua empresa para o qual compareceu hoje em Nova Iorque, optando por ficar em silêncio e não responder a perguntas da Procuradoria-Geral.

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