Os tumultos começaram nas primeiras horas do dia e foram promovidos por um grupo trabalhadores da açucareira que reivindica melhores condições salariais, segundo Manuel Uanzo, chefe do posto administrativo de Xinavane, no distrito de Manhiça, na província de Maputo, em declarações à Radio Moçambique.

"Os danos são grandes. A esquadra da polícia foi vandalizada, um condomínio da empresa com pelo menos oito casas também foi vandalizado. Também a casa do chefe do posto está totalmente em cinzas e muitos bens foram saqueados", declarou.

Além destes danos, os manifestantes terão ateado fogo em várias viaturas, condicionando temporariamente as estradas da vila.

No total, segundo a Polícia da República de Moçambique, 27 pessoas foram detidas, estando as autoridades a desdobrar-se para localizar outras pessoas supostamente envolvidas no incidente.

"As perseguições continuam e algumas pessoas foram localizadas, alguns são trabalhadores outros são residentes", declarou à comunicação social o comandante provincial da polícia na província de Maputo, Inácio Dina.

A açucareira de Xinavane é detida em 88% pelo grupo sul-africano Tongaat Hulett e em 12% pelo Estado moçambicano.

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