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O Tarrafal já foi campo de concentração onde portugueses, cabo-verdianos, guineenses e angolanos morriam lentamente, foi quartel e escola, mas 80 anos depois tem novo destino: um museu feito de pequenos museus para contar a história da Humanidade.
"A ideia é o campo de concentração ser um sítio no mundo que alberga e consegue contar a história de toda a humanidade. É essa a nossa candidatura à UNESCO", começou por explicar o ministro da Cultura e Indústrias Criativas de Cabo Verde, Abraão Vicente, em entrevista à Lusa, no Tarrafal, na ponta norte da ilha de Santiago.
Em março de 2021, garante, avança a candidatura do Tarrafal, que perde o peso do "campo de concentração" no nome, a Património da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês), para o transformar numa "espécie de campo internacional de diálogo pela paz".