"Se a chuva voltar a cair intensamente, poderemos estar em risco, desde a falta de alimentação e também de medicamentos. O isolamento daquela população significa que não terão comida nem assistência", alertou a administradora de Chicualacuala, Cacilda Banze, citada hoje pela Televisão de Moçambique.

Trata-se dos rios Mwenezi e Limpopo, que subiram o nível do caudal em consequência das chuvas que caíram na região na última semana, interrompendo as vias de acesso.

"Temos as vias de acesso quase interrompidas na sua totalidade. As culturas que estão nas margens já estão submersas", lamentou a administradora.

Entre os meses de outubro e abril, Moçambique é ciclicamente atingido por ventos ciclónicos oriundos do Índico e por cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral, além de secas que afetam quase sempre alguns pontos do sul do país.

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas de dois ciclones (Idai e Kenneth) que se abateram sobre o centro e o norte de Moçambique.

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