
A produção de ovos nos aviários industriais da região Autónoma da Madeira, nos primeiros três meses de 2025, "rondou os 7,3 milhões de unidades, registando um aumento de 3,1% em termos homólogos", de acordo com a informação recolhida pela Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM) e divulgada esta sexta-feira. "No mesmo período, o abate de frango observou uma diminuição de 15,9% face aos primeiros três meses do ano anterior, totalizando as 774,1 toneladas", acrescenta.
Por outro lado, "segundo dados fornecidos pelo Centro de Abate da Região Autónoma da Madeira (CARAM), o gado abatido atingiu as 166,5 toneladas, o que representa uma redução de 1,1% relativamente ao 1.º trimestre de 2024", frisa a DREM.
Já no domínio da pesca, "a informação recolhida junto da Direção Regional de Pescas, relativa ao 1.º trimestre de 2025, mostra que este período se caracterizou por um decréscimo homólogo nas quantidades capturadas de pescado (-31,7%), e no valor de primeira venda (-33,4%). No conjunto dos primeiros três meses do corrente ano, a pesca descarregada na Região rondou as 570,1 toneladas, tendo gerado receitas de primeira venda de 3,0 milhões de euros", afiança.
No que toca às principais espécies capturadas, embora a espada e o atum sejam a principal fonte de rendimento, é de notar que estas "registaram diminuições homólogas significativas, muito embora no caso da cavala e do chicharro, além da muito escassa abundância destas espécies nos dois primeiros meses do ano, isso se deva também a uma 'cessação temporária [por 90 dias] da atividade de cerco dirigida a pequenos pelágicos, de forma a proteger o período reprodutivo das espécies-alvo e a assegurar a sustentabilidade a longo prazo', conforme estabelece a Portaria n.º 157/2025 de 5 de Março da Secretaria Regional de Agricultura, Pescas e Ambiente", recorda a DREM. "No caso das espécies habitualmente mais representativas, observou-se que as capturas de atum (e similares) diminuíram 94,8%, enquanto no caso do peixe-espada preto a queda foi de 15,5%", atira. "Em termos de valor, as quebras nestas duas espécies acompanharam a tendência verificada nas quantidades: -90,3% no atum e similares e -15,8% no peixe-espada preto".
Ainda assim, realça, "o peixe-espada preto foi ainda assim a espécie mais capturada, representando 92,5% das quantidades e 86,2% do valor total. Por sua vez, as capturas de atum e similares ficaram pelas 7,8 toneladas, com uma valorização de apenas 110,8 mil euros", sinaliza a razia. Apesar da escassez "o preço médio de pescado apurado na primeira venda (excluindo o pescado descarregado destinado a autoconsumo), no período em referência, foi de 5,38€, valor inferior aos 5,50€ registados no mesmo período de 2024", mas é de realçar o preço médio do atum e espécies similares que "atingiu os 14,25€ (face a 7,56€ no período homólogo), enquanto o do peixe-espada preto se fixou nos 5,02€, valor ligeiramente abaixo dos 5,04€ verificados nos primeiros três meses do ano anterior", conta.
Por fim, da informação recolhida pela DREM "junto das empresas de produção de aquicultura na Região, no 1.º trimestre de 2025, foram produzidas 256,4 toneladas de dourada, -31,6% face ao mesmo trimestre de 2024. Do mesmo modo, as vendas ficaram pelos 1,5 milhões de euros, decrescendo 34,8% relativamente ao trimestre homólogo", revela. "Por mercados, observa-se que 76,9% do valor de vendas dizem respeito ao mercado nacional (Continente e Açores) e 22,9% ao mercado regional. No mesmo trimestre do ano passado, estas percentagens foram de 89,8% e 10,1%, respetivamente", destaca.