"Quero deixar claro que o chumbo do Orçamento de Estado não implica automaticamente dissolução do parlamento", afirmou o antigo secretário-geral do PS na apresentação da candidatura a Belém, que decorreu no Centro Cultural de Congressos das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria.

António José Seguro considerou que o "país não pode andar de eleições em eleições de ano e meio em ano e meio, nem ter governos a prazo", alertando que "governos a prazo conduzem Portugal a prazo".

"Estou preparado para promover a conciliação e os compromissos necessários para mudarmos Portugal", indicou, sustentando que "Portugal precisa de mudar, e muito, começando na forma como se faz política".

Para o candidato, "gerir a conjuntura já não basta, nem é maneira de governar", e é "necessário um projeto nacional, consensualizado, participado por todos, independentemente de quem está no governo".

"O país tem de ter um rumo, não pode andar aos ziguezages. Portugal precisa de um rumo, não apenas de governo. Precisamos de governos de projeto e não de governos de turnos", acrescentou.

O candidato a chefe de Estado considerou também que a revisão da Constituição não é um tema prioritário neste momento e propôs um "pacto para a prosperidade", apontando a necessidade de um "projeto nacional mobilizador".

"Prioritário é promover o acesso das pessoas à habitação e aos cuidados de saúde a tempo e horas, prioritário é criar riqueza para haver melhores salários e melhores pensões, prioritário é capacitar o país para apoiar as nossas empresas, para que os jovens se fixem e não emigrem", elencou.

Seguro considerou que "o país precisa de um projeto nacional mobilizador, de um rumo e de uma estratégia".

"Proponho-me e empenhar-me-ei nesse desígnio: Pacto para a prosperidade. Essa será a minha agenda prioritária, envolvendo todos os partidos políticos, os parceiros sociais, universidades e todos os interessados", indicou.

 

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