"São Tomé e Príncipe é um país pequeno, sim, mas com um grau de complexidade elevado, tudo é prioritário. As prioridades são imensas. É um facto que comecei a minha ação começando pelo setor social, onde a saúde é um dos grandes problemas que nós temos", explicou à comunicação social o chefe de Estado, empossado no início do mês.

Carlos Vila Nova assinalou que a pandemia de covid-19 expôs "ainda mais" as fragilidades de São Tomé.

"É verdade que a pandemia é um dado novo, um que ainda ninguém domina, e trouxe ainda mais ao de cima as fragilidades de São Tomé", sublinhou.

Carlos Vila Nova acrescentou que o setor da saúde deve ser alvo de "benefícios" em São Tomé e Príncipe, destacando que é "um direito consagrado na Constituição".

Ainda assim, o chefe de Estado admite que estes desafios poderão não ser ultrapassados já neste mandato.

"Nós sabemos que não vamos resolver. Espero que neste mandato seja dado um grande contributo para a melhoria das condições de saúde para as nossas populações", reforçou.

O chefe de Estado defendeu que, no entanto, estão já a ser desenvolvidas "algumas atividades de melhoria", destacando a preparação para "o lançamento do concurso para a melhoria da rede toda de abastecimento de água" para hospitais.

Carlos Vila Nova falou à imprensa durante uma visita privada a Portugal, onde se encontrou com a família do jovem de 19 anos que foi assassinado na estação de metro das Laranjeiras, em Lisboa, no dia 20.

O crime foi cometido quando a vítima, de 19 anos, circulava na estação de metro das Laranjeiras, tendo sido violentamente agredido através do uso de uma arma branca, com lesões graves que acabaram por resultar na sua morte.

O Presidente são-tomense disse que está focado em "ver em que medida as estruturas existentes em Portugal poderão acompanhar e prestar auxílio" à família do jovem e saber se São Tomé pode "trazer algum acordo para a resolução deste problema".

"A nós interessa-nos o esclarecimento desta situação. Há dúvidas e, quando existem, é preciso esclarecê-las, para o bem de todos", afirmou, acrescentando que está "bastante" preocupado com "o estado da família".

Desde que foi empossado Presidente da República, em 2 de outubro, Carlos Vila Nova tem focado as suas ações no setor da saúde, através de encontros e visitas aos diferentes intervenientes do sistema.

Carlos Vila Nova segue para o Reino Unido, onde participará na Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas (COP26).

A COP26 realiza-se em Glasgow, Escócia, Reino Unido, de 31 de outubro a 12 de novembro, esperando-se a presença física de pelo menos 120 chefes de Estado e de Governo (outros participam 'online') que vão anunciar novas estratégias na luta contra a crise climática.

JYO (JYAF) // JH

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