"Rejeito e lamento as acusações falsas de um membro do parlamento nacional, a deputada Olinda Guterres [do partido KHUNTO] (...) que me acusou de ter, com ninjas e pessoas armadas visitado a residência de [José] Naimori, conselheiro máximo do partido e feito ameaças", afirmou José Rioberto

"Esta acusação falsa feita ao público e nas redes sociais tem intenções políticas e foi divulgada apenas como forma de ataque a mim pessoalmente e ao partido CNRT", considera o secretário-adjunto do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT).

A mensagem de Rigoberto foi enviada 24 horas depois da bancada da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), maior partido no parlamento timorense, pedir no parlamento uma investigação sobre alegadas pressões e ameaças feitas sobre o líder do Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) por dirigentes de outras forças políticas.

Numa mensagem PARA A "reposição dos factos", enviada à Lusa, Jacinto Rigoberto, secretário-geral adjunto do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), rejeita as acusações que diz terem sido primeiro vinculadas, já na sexta-feira passada pela deputada Olinda Guterres, do KHUNTO.

"É uma acusação falsa e lamentável especialmente vinda de um representante do povo no parlamento nacional onde devia defender adequadamente os direitos do publico", escreve.

"E é uma acusação falsa com implicações graves para a minha segurança, e para a situação da minha família. Fiquei com a minha família em pânico e traumatizada por causa disto", considerou.

Rigoberto pede, por isso, uma investigação rápida, cujos resultados devem ser divulgados ao público rapidamente.

"Tanto eu como o partido CNRT rejeitamos totalmente a acusação falsa e pedimos às autoridades competentes para que investiguem o caso de forma calara, transparente e rápida. A investigação deve igualmente determinar quem no Facebook divulgou essas acusações falsas. Vou apresentar queixa nas autoridades componentes sobre isto porque é meu direito defender-me destas acusações", afirmou.

"Apelo às entidades competentes, incluindo a PNTL e o Ministério do Interior, para que atue imediatamente para clarificar e investigar se há cidadãos que usam armas na sociedade. O resultado dessa investigação deve ser divulgado publicamente na televisão e nos jornais", insiste.

O dirigente do CNRT explica que esteve de facto na residência de Naimori na quinta-feira para "comunicação e coordenação com o partido KHUNTO", um dos partidos que integra a nova aliança de maioria parlamentar liderada pelo CNRT.

"Durante esse encontro com Naimori falamos num ambiente amigável no âmbito da AMP e dos assuntos relacionados com a aliança. Não tem qualquer lógica que eu ou o partido CNRT tenhamos feito qualquer ameaça ao KHUNTO porque estamos juntos na aliança", considerou.

"Nem eu nem o meu partido temos armas e o Governo e o Ministério de Defesa e Segurança têm que investigar o caso. Eu não tenho qualquer conhecimento ou envolvimento na suposta ação de que eventuais pessoas com armas tenham ido à residência de Naimori", insistiu.

Rigoberto insiste que a acusação é uma "tentativa de destruir a aliança de maioria parlamentar para garantir os seus interesses políticos" e que para fazer política com "dignidade e gentileza" não se podem tornar outros "vítimas ou bodes expiatórios de uma política suja".

O responsável do CNRT diz que não há no país qualquer motivo para que se tenham armas em casa e se usem essas armas para tentar intimidar seja quem for

 

ASP // PJA

Lusa/Fim