A reserva financeira da região administrativa especial chinesa cifrou-se em 585,5 mil milhões de patacas (67 mil milhões de euros) no final de janeiro, de acordo com informação publicada no Boletim Oficial pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM).

No entanto, o valor permanece longe do recorde de 669,7 mil milhões de patacas (76,6 mil milhões de euros) atingido em fevereiro de 2021.

O valor da reserva extraordinária no final de janeiro era de 427,1 mil milhões de patacas (48,8 mil milhões de euros) e a reserva básica, equivalente a 150% do orçamento público de Macau para este ano, era de 153,4 mil milhões de patacas (17,5 mil milhões de euros).

A reserva financeira de Macau é maioritariamente composta por depósitos e contas correntes no valor de 246,7 mil milhões de patacas (28,2 mil milhões de euros), títulos de crédito no montante de 133,3 mil milhões de patacas (15,2 mil milhões de euros) e até 196,7 mil milhões de patacas (22,5 mil milhões de euros) em investimentos subcontratados.

A reserva financeira de Macau ganhou 22,2 mil milhões de patacas (2,54 mil milhões de euros) no ano passado, depois de ter perdido quase quatro vezes mais no ano anterior.

Isto apesar de, em 2023, as autoridades da região terem voltado a transferir quase 10,4 mil milhões de patacas (1,19 mil milhões de euros) da reserva financeira para o orçamento público.

No final de janeiro, a AMCM sublinhou que os investimentos renderam à reserva financeira quase 29 mil milhões de patacas (3,32 mil milhões de euros) em 2023, correspondendo a uma taxa de rentabilidade de 5,2%.

A Assembleia Legislativa de Macau aprovou, em 07 de novembro, o orçamento da região para este ano, com uma previsão do regresso dos excedentes nas contas públicas, depois de três anos de crise económica devido à pandemia da covid-19.

A proposta de lei aprovada na generalidade prevê que Macau termine este ano com um saldo positivo de 1,17 mil milhões de patacas (133,9 milhões de euros), "não havendo necessidade de recorrer à reserva financeira".

O território, cuja economia depende do turismo, cancelou em janeiro de 2023 todas as medidas de prevenção e contenção da covid-19, depois de quase três anos de rigorosas restrições impostas pela política 'zero covid', que também vigorou na China.

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