Numa cerimónia realizada no Kremlin, Putin condecorou o patriarca da Igreja Ortodoxa Russa pela sua "notável contribuição para a preservação e desenvolvimento das tradições espirituais e culturais e pelo o fortalecimento da paz e da harmonia entre os povos".

"Você elegeu para si próprio o caminho do serviço moral e espiritual e está a segui-lo com dignidade, sabedoria e uma compreensão profunda da responsabilidade pelo destino do nosso povo e pelo destino da Rússia", disse Putin.

E prosseguiu: "É claro que a Igreja conheceu outros tempos, mas hoje a sua voz voltou a ter uma grande importância, as pessoas ouvem-na e confiam nela".

Para Putin, isso deve-se "em grande parte ao resultado de seu esforço pessoal e do trabalho pastoral incansável", bem como à "preocupação sincera pelos ideais de paz, bondade, justiça, amor e compreensão mútua no coração das pessoas".

Depois de ser agraciado por Putin com a Ordem de Santo André, o patriarca russo afirmou que não era apenas a mais alta condecoração oficial russa, mas também "um santuário" por representar o apóstolo André.

Kiril realçou ainda que "não existe uma única pessoa que viva a sua vida sem cometer erros" e que também "existem erros coletivos".

"Sabemos que tais erros ocorreram na história do nosso povo e do nosso país", disse o patriarca.

Porém, "embora haja muitos problemas, e todos os conheçamos, temos o mais importante: somos livres, somos independentes, preservamos a nossa cultura e preservamos a nossa fé. O nosso povo sobreviveu, apesar das vicissitudes mais difíceis do século 20", salientou.

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