Esta intervenção foi proferida pelo antigo ministro e eurodeputado socialista Capoulas Santos, o que levou o deputado do Chega Pedro Frazão, no final, a comentar que "o namoro de António Costa por um cargo europeu também paira na Assembleia da República e não apenas na Presidência da República e em Bruxelas".

Capoulas Santos destacou que, desde que assumiu as funções de primeiro-ministro, António Costa conseguiu fechar sem penalização para Portugal um novo Quadro Financeiro Plurianual (Portugal 2030) e estar na linha da frente das negociações para o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

"Sem estes avanços não estaríamos aqui a discutir este Programa do Governo", observou o antigo ministro da Agricultura, numa alusão às avultadas transferências de dinheiros europeus previstas para os próximos anos.

Na sua intervenção, Capoulas Santos disse que o primeiro-ministro foi também um dos principais impulsionadores da mutualização da dívida na União Europeia, algo que era antes impensável.

No plano institucional, o deputado socialista destacou a eleição de Mário Centeno, em 2017, quando assumia a pasta das Finanças, para o cargo de presidente do Eurogrupo.

Na sequência desta intervenção, o deputado do Chega Pedro Frazão acusou a maioria socialista de esconder que os agricultores continuam a ser afetados pelas consequências da seca.

"A seca é o grande elefante branco neste debate", comentou Pedro Frazão.

Por sua vez, o deputado da Iniciativa Liberal Bernardo Blanco criticou a política energética seguida pelo atual Governo, considerando que se refugia na Europa para não reduzir o peso do ISP (Imposto sobre Produtos Petrolíferos) em Portugal.

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