"Perdemos metade da água que produzimos e isso é muito. Estas perdas resultam de roubos, sabotagens e falta de faturação, ou seja, do consumo clandestino", afirmou Mesquita, de acordo com a nota.

Aquele governante falava durante uma visita a infraestruturas da província, na quinta-feira.

Carlos Mesquita avançou que o roubo de água potável é a principal causa de perdas no fornecimento, apesar de o desvio de água ter baixado de 51% para 46% do desperdício de água da rede.

"É preciso apelar à população" para se abster de ter acesso à água de forma ilegal, frisou, numa luta contra um hábito enraizado em vários bairros.

Em causa está "o desenvolvimento da própria empresa" estatal de fornecimento de água, alertou Mesquita.

Na ocasião, apontou a importância da construção da barragem de Moamba-Major para a redução do défice de água na região do Grande Maputo.

Carlos Mesquita também se referiu ao impacto da reabilitação e ampliação da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Infulene, orçada em 851 milhões de meticais (12,5 milhões de euros).

Uma vez finalizadas as obras, o empreendimento vai permitir aumentar o número de beneficiários de 15 mil para cerca de 90 mil habitantes.

"A importância desta estação tem a ver com a necessidade de se criar condições para que a saúde pública seja um dos fatores a ter em consideração", declarou Carlos Mesquita.

Há cerca de dois anos, a capital moçambicana enfrentou limitações no fornecimento de água devido à redução das reservas para menos de metade, na sequência da seca que assolou o sul do país, situação mitigada com as chuvas dos últimos dois anos.

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