Em 1990, nem o contexto de restrições às liberdades imposto pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, impediu o início de manifestações inéditas de antigos trabalhadores moçambicanos na Alemanha do Leste, que regressaram ao país africano após a queda do Muro de Berlim.

Descontentes com a falta de pagamento de parte dos salários e dos descontos para a segurança social que dizem que a Alemanha transferiu para Moçambique, cerca de dois mil "madgermanes", como são conhecidos os que trabalharam na antiga República Democrática Alemã (RDA) no âmbito das relações entre os países do bloco socialista, surpreenderam Maputo e o país.