Em declarações aos jornalistas no palácio presidencial, Francisco Guterres Lu-Olo disse também que o atual primeiro-ministro, Taur Matan-Ruak, se mantém na plenitude das suas funções até que a solução seja encontrada para a crise, provocada pelo chumbo do Orçamento Geral do Estado.
Lu-olo falava depois de uma reunião de mais de seis horas, que convocou, com os lideres históricos nacionais e onde se destacou a ausência do ex-presidente Xana Gusmão.
Xanana Gusmão tinha defendido numa entrevista no fim de semana que a solução mais "justa e democrata" para a crise era a realização de eleições antecipadas.
Francisco Guterres Lu-Olo convocou os principais líderes do país para um encontro no Palácio Presidencial em Díli, entre eles e além de Xanana Gusmão, o ex-Presidente José Ramos-Horta, o ex-chefe de Estado e atual primeiro-ministro Taur Matan Ruak, o ex-chefe do executivo Mari Alkatiri e o comandante das forças de defesa, Lere Anan Timur.
Em cima da mesa está um complexo xadrez político que atingiu um dos momentos mais tensos com o chumbo em janeiro da proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2020, em virtude dos votos contra e abstenção do partido de Xanana Gusmão, o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), maior força da coligação do Governo.
Uma situação que ocorreu depois de dois anos de polarização política e de intransigência de posições que acabaram por condicionar a governação.
ASP // SB
Lusa/Fim