"Queria aqui reconhecer um facto, que penso que é comum a outros Estados. Esse problema [de atribuição de vistos por Portugal] complicou-se um pouco, para não dizer que se complicou significativamente, com a pandemia", declarou o chefe de Estado português, após um encontro no Palácio de Belém com o seu homólogo são-tomense, Carlos Vila Nova, que realiza uma visita de Estado a Portugal.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, a pandemia causou "no funcionamento diplomático e consular problemas de natureza administrativa e de relacionamento entre instituições que intervêm num processo como esses, que tiveram custo nas vidas das pessoas".

O Presidente português destacou em particular os casos dos jovens estudantes são-tomenses que querem prosseguir os estudos ou iniciar uma carreira profissional em Portugal e dos doentes, "situação ainda mais complexa, no caso de pedido de visto determinados por essas doenças".

"A preocupação agora é precisamente, com prioridade para os doentes e estudantes, mas com o espírito da criação de condições para aplicar o acordo da mobilidade [da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], é a de detetarmos os problemas onde eles existem e tentarmos encontrar soluções mais expeditas para ultrapassar aquilo que não pode constituir um quisto nas relações fraternas", afirmou.

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