
António Supeia substitui Armindo Ngunga, que ocupava o cargo desde janeiro de 2020 e foi transferido em abril para a presidência da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN), uma entidade criada pelo executivo para promover oportunidades para os jovens no norte de Moçambique.
O novo secretário de Estado assume o cargo num momento em que o principal desafio são os ataques armados de grupos terroristas que têm afetado regiões mais a norte da província, provocando uma vaga contínua de deslocados, sobretudo em Pemba, a capital provincial.
A violência está a provocar uma crise humanitária com mais de 2.800 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e 714.000 deslocados, de acordo com o Governo moçambicano.
O número de deslocados aumentou com o ataque contra a vila de Palma em 24 de março, uma incursão que provocou dezenas de mortos e feridos, sem balanço oficial anunciado.
As autoridades moçambicanas anunciaram controlar a vila, mas aquele ataque levou a petrolífera Total a abandonar por tempo indeterminado o recinto do empreendimento que tinha início de produção previsto para 2024 e no qual estão ancoradas muitas das expectativas de crescimento económico na próxima década.
EYAC // MLS
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